Luís Araújo: pessoas devem estar no centro da agenda do turismo

O presidente da European Travel Commission (ETC), Luís Araújo, defendeu que a preocupação com os turistas, os residentes e os trabalhadores deve estar no centro das preocupações no que diz respeito à transformação do sector do turismo, no sentido de se tornar mais sustentável.

Luís Araújo destacou ainda a necessidade de aumentar a resiliência do sector, para que desempenhe um papel ainda maior nas economias dos países da UE, mas, para isso, é preciso disponibilizar fundos.

– Quanto mais resilientes formos, mais sustentáveis seremos, mas temos de pôr as pessoas no centro do nosso trabalho, afirmou o também presidente do Turismo de Portugal, que participou (sexta-feira) no Fórum de Alto Nível sobre Sustentabilidade e Turismo, promovido no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, na qualidade de presidente da Comissão Europeia de Viagens (ETC).

Também o secretário-geral da Federação Europeia dos Sindicatos da Alimentação, Agricultura e Turismo (EFFAT) realçou a premência de melhorar as condições dos trabalhadores do turismo, nomeadamente com aumento das remunerações. É preciso garantir que os parceiros sociais do sector do turismo são envolvidos em qualquer agenda para o futuro do sector. Não façamos os mesmos erros do passado, ouçam os trabalhadores também, apelou Kristjan Bragason.

Durante o fórum, decorreram três painéis de discussão sobre a qualificação dos trabalhadores do sector, a transformação digital e o ambiente. Naqueles painéis participaram representantes de várias entidades relevantes no turismo, para partilha de ideias e apresentação de propostas que foram discutidas durante a reunião de ministros do Turismo da UE, que tinha como ambição atingir um compromisso entre todos os Estados-membros para uma Agenda para o Turismo 2030-2050.

No painel de discussão de alto nível, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, reiterou a necessidade de envolver todos os Estados-membros no compromisso com uma agenda para o turismo para 2030-2050, onde estejam definidas todas as linhas de actuação e os planos conjuntos com métricas predefinidas.

No entanto, para uma transformação do sector turístico, disse Rita Marques, é necessário disponibilizar fundos aos operadores, para acrescentar que a nossa ambição é enorme, mas temos de ter meios a postos para a sua execução.