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Luís Araújo: é necessário mais financiamento direto para setor

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O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, disse recentemente em Bruxelas que é necessário mais financiamento direto para o setor do turismo, justificando que o setor representa 20 milhões de postos de trabalho na Europa, além do “efeito de arrastamento” noutras atividades.

O pedido de Luís Araújo aconteceu durante a sua intervenção numa mesa-redonda durante o Dia Europeu do Turismo, evento que voltou a ser celebrado em Bruxelas pela primeira vez nos últimos cinco anos.

Recorde-se que o presidente do Turismo de Portugal é também presidente da European Travel Commission (ETC), entidade que 33 organizações nacionais de turismo da Europa.

“Temos de ser mais ativos. Precisamos de financiamento direto porque representamos 20 milhões de postos de trabalho. Penso que deveríamos dizê-lo todos os dias, é como um mantra: representamos 20 milhões postos de trabalho na Europa”, salientou Luís Araújo, lembrando que também muitos outros setores beneficiam do turismo, dado o “efeito de arrastamento” deste.

“Para dar uma ideia”, Luís Araújo deu “um exemplo de Portugal”, apontando que “as exportações de vinho para os Estados Unidos e Brasil estão em perfeita correlação com o crescimento de turistas desses países para Portugal”.

“Estou certo de que primeiro visitam, e depois compram o vinho, acreditem”, vincou.

Referindo que o setor do turismo foi duramente atingido durante a pandemia da covid-19, o presidente do Turismo de Portugal e da ETC considerou que “a plataforma que foi lançada com todo o financiamento que está disponível através de tantos instrumentos por toda a Europa é maravilhosa, mas é preciso dar um passo mais”.

Para tal, Luís Araújo explicou que é necessário ter financiamento específico para turismo, promoção específica para o turismo, promover o turismo intraeuropeu, promover os valores da Europa através da colaboração, e sobretudo haver uma cooperação, entre países.

“Estou orgulhoso de fazer parte da ETC, que está a fazer isso. Mas ainda assim temos de fazer mais”, disse.

No entender de Luís Araújo, todos os participantes concordam que o turismo tem de ser mais sustentável, trabalhando de forma coletiva, pois não cabe aos turistas “alterar a forma como se faz turismo”.

“Temos de mudar a atitude de toda a cadeia de valores, da oferta à procura”, frisou o também presidente do Turismo de Portugal.