A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), com base nos resultados de um seu inquérito, refere que para o verão e à data da realização do seu Inquérito “Balanço Páscoa & Perspetivas Verão 2022”, a média de reservas ainda está muito modesta, com valores na ordem dos 40 a 59%. Os inquiridos indicam que é esse o volume de reservas efetivas para os quatro meses, no todo nacional. Também se refere que a tendência de reservas last minute permanece.
Por regiões, no mês de junho, a Madeira é o único destino onde as reservas se situam entre os 80% e os 100%, seguido dos Açores que já têm reservas entre os 60% e os 80%. Naturalmente os resultados são influenciados pelo facto de, nos destinos insulares, as reservas terem de ser feitas com maior antecedência
Em julho e agosto, Açores, Madeira e Algarve já têm reservas na ordem dos 60% a 80%. Já os hoteleiros inquiridos do Alentejo, Lisboa e Norte têm 40% a 59% de reservas efetivas.
O destino com menos reservas até ao momento é o Centro, onde os hoteleiros apontam para todos os meses do verão reservas confirmadas entre os 20% e os 39%.
No verão, os hoteleiros inquiridos apontam Portugal, Espanha e França como os principais mercados. Também neste período o Reino Unido é apontado como 4º principal mercado, seguido da Alemanha e dos Estados Unidos da América que continuam a ter um forte crescimento e são indicados por mais de 20% dos inquiridos como estando no top 3 dos destinos emissores.
Ainda assim, por comparação com 2019, de destacar que todas as regiões indicam que vão ter uma TO igual à desse ano, à exceção da Madeira, onde se prevê uma TO superior, e do Centro, onde os hoteleiros estão pouco otimistas e dizem que será inferior.
No indicador Preço Médio, Açores, Madeira, Algarve e Alentejo apontam para um PM superior, enquanto o Centro, Lisboa e Norte dizem que será igual a 2019.
A Estada Média será igual em todo o país, à exceção da Madeira, onde será superior. Quanto às Receitas, Açores, Madeira e Alentejo preveem que seja superior e os restantes destinos dizem que será igual.
Mais uma vez se sinaliza que a expectativa será, portanto, a de subida de reservas à medida que o período de verão se aproxima.
Retoma da atividade
Quanto à retoma da atividade ao nível de 2019, 47% dos inquiridos apontam que a retoma a níveis pré-pandemia acontecerá no 2º semestre deste ano, 15% no 1º semestre de 2023 e 30% dizem que só acontecerá no final de 2023.
A inflação e a escassez de mão de obra, ambas apontadas por 56% dos hoteleiros, são os principais constrangimentos à retoma do Turismo já em 2022. A instabilidade geopolítica, marcada pela Guerra na Ucrânia, ocupa a 3ª posição e foi identificada por 51% dos inquiridos.