Tanto a indústria do turismo como também a de indústria aeronáutica, estão há mais de dois anos com graves problemas, quando têm que devolver dinheiro aos clientes após os cancelamentos de voos causados, principalmente, pela Covid-19. Face a esta situação, vários países estudam diversas maneiras para acabar com este problema. É o caso da Alemanha, que estuda eliminar a necessidade dos reembolsos.
No mês passado, o Estado alemão da Baixa Saxónia pediu a abolição do pré-pagamento das reservas de passagens aéreas.
A proposta apresentada passa por um novo modelo de “pagamento por voo”. Ou seja, o cliente não faz o pagamento até fazer o ‘check-in’ do voo, de preferência no aeroporto. Assim, se a viagem for cancelada, não seria necessário fazer o reembolso ao passageiro.
Não se paga um quarto num hotel até sair. O mesmo vale para o aluguer de um carro. Sem dúvida, há que ter alguma elegância em ter a mesma configuração de pagamento com a parte principal da viagem: os voos, afirmou Scott Keyes, fundador da Scott’s Cheap Flights.
No entanto, Scott Keyes adverte que o modelo “pague quando for” é do agrado geral, mas pode ter desvantagens. E explica:
As companhias aéreas teriam que lidar com reservas muito mais canceladas do que existem hoje. E, certamente que responderiam com um aumento de taxas.
Nos Estados Unidos da América, o Departamento de Transportes está também a estudar uma solução para agilizar o reembolso de voos cancelados aos passageiros, face ao cada vez maior número de cancelamentos de voos, nomeadamente por falta de trabalhadores.