Num comunicado divulgado recentemente da consulta pública do Plano Ferroviário Nacional (PFN), as mais de 20 organizações que já se juntaram à campanha ATERRA, criada para exigir a imediata reposição das ligações ferroviárias noturnas, considerando que estas devem ser a aposta para o futuro das viagens internacionais, em vez da expansão aeroportuária.
Desafiamos o Governo a dar resposta às mais de 8.500 pessoas que já apelaram publicamente à reposição deste serviço”, escrevem as organizações, apelando à participação, na próxima sexta-feira, dia de Greve Climática Estudantil, numa (Mani)Festa do Pijama / Silent Disco, que decorrerá no Cais 3 da Estação de Santa Apolónia, de onde partiam o Sud Expresso e o Lusitânia.
Os promotores recordam que há três anos os históricos Sud Expresso (Lisboa-Hendaye-Lisboa) e Lusitânia (Lisboa-Madrid-Lisboa) foram suspensos, a pretexto da pandemia da covid-19 e que Lisboa é atualmente uma das únicas duas capitais europeias sem qualquer ligação ferroviária internacional.
A campanha ATERRA sublinha que os comboios noturnos estão a conhecer um ressurgimento Europa fora, salientando que são a opção mais cómoda e ecológica para viagens de média e longa distância, são a melhor alternativa ao avião e aos aeroportos e são o futuro das viagens internacionais.
Por outro lado, destacam que o avião é um meio de transporte usado, a nível mundial, por uma pequena elite, é aquele que mais polui e cujo impacto climático mais está a crescer.