Uma nova maneira de ver as gravuras rupestres do Côa

Existe agora uma nova modalidade de conhecer as gravuras rupestres do Côa, em que os visitantes podem apreciar esta arte milenar através de passeios de canoa pelo rio abaixo, a qual foi inaugurada pelo ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes.

Estas visitas, nesta primeira fase, vão abranger sítios emblemáticos das Arte do Côa como a Canada do Inferno e a Ribeira de Piscos.

A Fundação Côa Parque assinala os oito anos do Museu do Côa e os 22 anos do Parque Arqueológico do Vale do Côa, tendo sido esta uma iniciativa que pretende assinalar esta data.

Recorde-se que no dia 10 de agosto de 1996 foi criado o Parque Arqueológico do Vale do Côa, consequência do reconhecimento do extraordinário e maior complexo de arte rupestre paleolítica ao ar livre conhecido até hoje.

Cada viagem pode ter uma duração de meio hora, ao longo de percurso definido, onde a Arte do Côa é ponto de partida para a descoberta de uma região que também rica do ponto de vista ambiental.

A Arte do Côa faz também parte de um Itinerário Cultural do Conselho da Europa, onde estão igualmente representados sítios como Altamira (Espanha), Lascaux, Chauvet, Niaux (França) ou Valcamónica (Itália).

Os sítios de arte rupestre do Vale do Côa situam-se ao longo das margens do rio Côa, sobretudo no município de Vila Nova de Foz Côa, estendendo-se por uma área de 20 mil hectares que abrange os municípios vizinhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Meda e Pinhel, no distrito da Guarda.

A arte rupestre do Côa, inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO desde 1998, foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas do Paleolítico Superior, em finais do século XX, em toda a Europa.

Aquando da descoberta “Arte do Côa”, em 1994, os arqueólogos portugueses asseguraram tratar-se de manifestações do Paleolítico Superior (20 a 25 mil anos atrás) e estar-se perante “um dos mais fabulosos achados arqueológicos do mundo”.

Desde agosto de 1996, o Parque Arqueológico do Vale do Côa organiza visitas a vários núcleos de gravuras tais como Penascosa, Canada do Inferno e Ribeira de Piscos.