A Declaração de Glasgow para a Acção Climática no Turismo foi lançada ontem (04) na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP26. Algumas das maiores empresas do sector turístico aderiram a governos e destinos para se comprometer em reduzir pela metade as emissões até 2030 e atingir a meta de zero emissões até 2050.
A Declaração de Glasgow reconhece a necessidade urgente de um plano global coerente para a acção climática no turismo.
Os signatários comprometem-se a medir, descarbonizar, regenerar e desbloquear fundos. Além disso, cada signatário compromete-se a apresentar um plano de acção climática concreto, ou um plano atualizado, dentro de doze meses após a assinatura.
Falando na COP26, o secretário-geral da OMT-Organização Mundial de Turismo (UNWTO, sigla em inglês), Zurab Pololikashvili, sublinhou que embora muitas empresas privadas tenham liderado o avanço da acção climática, uma abordagem mais ambiciosa em todo o sector é necessária para garantir que o turismo acelere a ação climática de forma significativa, acrescentando que a Declaração de Glasgow é uma ferramenta para ajudar a preencher a lacuna entre boas intenções e acções climáticas significativas.
A Declaração já foi assinada por mais de 300 agentes de turismo, incluindo a Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT) e os principais players do sector, bem como destinos, países e outros actores turísticos, grandes e pequenos.
Na altura da assinatura da Declaração, Julia Simpson, presidente e CEO do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), afirmou que a sua organização tem o prazer de apoiar e participar do lançamento da Declaração de Glasgow e, assim, adicionar nossa voz, a do sector privado global, a esta importante chamada coletiva para aumentar a ambição no sector de viagens e turismo. A responsável salientou também que a Declaração de Glasgow é uma oportunidade real para viagens e turismo se unirem e mostrarem verdadeira liderança em nosso esforço para alcançar a neutralidade climática.
