TAP: Tendência decrescente continua a verificar-se

O presidente executivo da TAP revelou que pelo quarto mês consecutivo o número de voos tem descido, com Fevereiro a verificar uma queda mais acentuada, tendo-se realizado apenas 1.077 voos, um terço do número de voos de Janeiro.

Ramiro Sequeira disse ainda que ambos os números estão muito distantes dos mais de 10.000 voos/mês operados em Janeiro e Fevereiro de 2019 e 2020 antes do impacto da pandemia de covid-19.

Na sua ‘newsletter’ interna que a empresa distribui, a TAP explica em Fevereiro acentuou-se a tendência decrescente no que respeita a número de voos e capacidade, comparando com Fevereiro de 2020,na pré–pandemia. Nesse mês houve uma redução de 89% no número de voos e em 92% a capacidade. Uma situação causada pelo agravamento das medidas restritivas, por todas as regiões do mundo, como modo de contenção da pandemia.

Aliás e segundo a TAP, esta tendência decrescente é também visível na evolução do número de voos, ao longo dos últimos meses.

Projecções mais optimistas para os próximos meses

O presidente executivo da TAP, Ramiro Sequeira, afirmou numa mensagem enviada esta quarta-feira aos trabalhadores, que para o segundo trimestre as projecções para a sua operação são um pouco mais optimistas.

A transportadora aérea portuguesa esta que a percentagem da capacidade (ASK – available seat kilometer ) suspensa, face a igual período de 2019, venha a diminuir, gradualmente, com valores de menos 61% em Abril, menos 58% em Maio e menos 45% para Junho.

Na mensagem, gestor salienta que a companhia aérea projecta, para os próximos meses, uma capacidade em linha com o cenário moderado da IATA e que, em consequência, a 10 de Março ajustámos a nossa oferta de capacidade em menos 10% face à operação publicada em Janeiro para o primeiro trimestre deste ano, em virtude do impacto das restrições em mercados como Angola, Brasil e Reino Unido, resultando numa variação de menos 83% face ao primeiro trimestre de 2019.

Esta informação chega numa altura em que a ANAC revela que o número de passageiros a voar de e para os aeroportos nacionais diminuiu mais de 68% em Fevereiro face a Janeiro, tendo a taxa de ocupação dos aviões recuado para o segundo nível mais baixo desde o início da pandemia.

A taxa de ocupação dos aviões que voaram de e para Portugal no passado mês de Fevereiro caiu para 32,6%, não chegando, assim, sequer a um terço da sua capacidade.

De acordo com dados da Autoridade Nacional da Aviação Civil, desde o início da pandemia o ‘load factor’ das aeronaves só foi mais baixo em Abril do ano passado, quando vários países aplicaram, pela primeira vez, restrições ao transporte aéreo.