O ano passado foi, desde 2008, aquele em que mais passageiros desembarcaram em Portugal em tráfego aéreo internacional, com um total de 13,3 milhões de desembarques, mais 20,8% do que cinco anos antes, divulgou recentemente o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo as estatísticas de transporte aéreo em 2013, agora reportadas pelo INE, desde 2008 o movimento de passageiros desembarcados aumentou 20,8%, com uma taxa de variação média anual de 3,2%.
Contudo, o período iniciou-se com uma redução de 5,3% em 2009 (para 10,4 milhões de passageiros), que poderá ter sido devida essencialmente à crise económica e financeira mundial, tendo-se assistido nos anos seguintes a uma forte recuperação (27,6% em 5 anos), especialmente concentrada em 2010 e 2011, quando os passageiros desembarcados aumentaram 7,7% e 8,9%, respectivamente.
À semelhança do ocorrido para os passageiros desembarcados em tráfego aéreo internacional, 2009 foi marcado por um forte recuo nos hóspedes (8,4%) e nas respectivas dormidas (10,6%), tendo nos anos seguintes a tendência sido de recuperação.
O peso de Espanha nos estabelecimentos de alojamento turístico destaca-se face ao seu pouco peso no transporte aéreo internacional, o que é sintomático da utilização das fronteiras rodoviárias por parte dos hóspedes com esta proveniência.
Em sentido oposto, Reino Unido, França e, em menor grau, a Alemanha, têm maior peso nos transportes aéreos internacionais face ao peso que têm no alojamento turístico, quer pelos importantes aeroportos ‘hub’ europeus que ali se localizam, quer pela existência de grandes comunidades portuguesas nesses países, geradoras de turistas com destino a Portugal mas com recurso ao alojamento privado.
O INE assinala ainda o caso dos turistas vindos dos Estados Unidos da América, muitos dos quais chegados ao território português sem ser por via de voos directos, efectuando transbordo noutros aeroportos europeus.
Entre 2008 e 2013, o movimento de passageiros desembarcados aumentou 45,7% no aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto), com uma taxa de crescimento média anual de 6,5%, enquanto no aeroporto de Lisboa a subida foi 21,3%, com uma taxa de crescimento médio anual de 3,3%.