Pedro Machado quer um Ministério do Turismo no próximo Governo

Haver um ministério próprio do turismo seria o reconhecimento de uma ambição antiga, afirmou o presidente da Turismo Centro de Portugal (TCP), Pedro Machado, acrescentando que esse ministério poderia integrar, além do turismo, as áreas da cultura e da coesão territorial.

O responsável, numa recente entrevista à LUSA, justificou este seu desejo não só com o peso que a actividade turística tem no emprego e na criação de riqueza em Portugal, destacando que é previsível que as receitas do turismo venham a atingir 27 mil milhões em 2027 mas também porque se trata de uma área da economia nacional que envolve actualmente meio milhão de empregos directos.

O presidente da TCP, para além da criação do Ministério de Turismo na próxima legislatura, propôs também uma clara aposta competitiva nos mercados interno e externo, bem como a recuperação e reforço das pequenas e médias empresas (PME), recorrendo às verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do novo quadro comunitário de apoio 2020-2030. Duas prioridades absolutas para esta década.

É necessário fazer uma aposta no crescimento das empresas ligadas ao turismo, aproveitando tudo aquilo que Portugal tem feito de melhor, para galvanizar os jovens empreendedores, afirmou.

Para o responsável da Turismo do Centro de Portugal, também preciso dar prioridade à sustentabilidade ambiental e à gestão da água, lembrando que a actual seca prolongada já está a ter impacto na produção agrícola, que é fundamental para alimentar a indústria do turismo, que vive muito do setor primário.

Para Pedro Machado, a falta de chuva deste Inverno ameaça a existência das praias fluviais, albufeiras e bacias hidrográficas. Pode colapsar toda a actividade turística, sobretudo no interior do país.