De acordo com dados apresentados pela Comissão Europeia nas mais recentes previsões, Portugal foi o sexto país da União Europeia (UE) com maior queda no total de noites passadas nos alojamentos turísticos em 2020 face ao ano anterior, que ascendeu a -61% (total de 30 milhões) em termos totais e a -74% (total de 14 milhões) no caso de não residentes.
A instituição diz que no toca às receitas turísticas, elas continuarão a ser afectadas este ano porque são esses mesmos turistas estrangeiros que costumam “gastar mais por dia.
Aliente-se que pior que Portugal só Grécia, Malta, Irlanda, Espanha e Chipre.
Relativamente ao desempenho turístico regional entre Janeiro e Dezembro de 2020, a região de Lisboa foi a mais afectada do País pela pandemia, com um recuo acima dos 70%.
O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, aquando da conferência de imprensa sobre as prfevisões agora anunciadas, atribuiu a revisão em baixa da recuperação económica em Portugal este ano sobretudo à dependência do País relativamente ao turismo externo, fortemente afectado pela pandemia da covid-19.
Quando questionado sobre uma subida do Produto Interno Bruto (PIB) em Portugal de 4,1% em 2021, quando em Novembro antecipava 5,4%, o responsável notou que as previsões são menos optimistas para a maioria dos Estados-membros, mas admitiu que Portugal é particularmente afectado pela persistência da pandemia.
– Portugal é substancialmente afectado por um dos sectores em maiores dificuldades, que é não só o turismo em geral, mas em particular o turismo externo. E o turismo externo por si só representa oito por cento do PIB em Portugal, pelo que é fácil imaginar o quanto é afectado pela pandemia, explicou Paolo Gentiloni que disse acreditar que, tal como projectado para a generalidade da economia europeia, um forte desempenho da economia portuguesa no segundo semestre deste ano e, sobretudo, no próximo ano, fruto de uma campanha bem sucedida de vacinação contra a covid-19 e consequentemente alívio das medidas restritivas, permitirá melhorar as projeções macroeconómicas.