O Porto Santo não está óptimo, mas está bem graças, em grande parte, do mercado da vizinha ilha da Madeira, declarou o presidente da Câmara Municipal da Ilha Dourada, Idalino Vasconcelos.
O impacto da Covid-19 no sector do turismo no Porto Santo está a ser menor do que o inicialmente previsto, indicou o autarca em declarações à Lusa, para acrescentar que, embora os hoteleiros apontem para taxas de ocupação baixas, o mercado regional mantém o registo habitual para a época, ainda que a empresa Porto Santo Line, responsável pelas ligações marítimas entre a Madeira e o Porto Santo, tenha assinalado uma quebra de 6,3% no transporte de passageiros em Julho, que passou de 44 mil no mesmo mês do ano passado para pouco mais de 41 mil.
– Os madeirenses responderam bem ao nosso apelo e estão a ajudar muito a economia local, disse Idalino Vasconcelos, vincando que, pelo contrário, o mercado nacional não está a corresponder às expectativas e menos ainda o mercado internacional, situação que penaliza os grandes hotéis da ilha.
No início da semana, um operador alemão cancelou o voo semanal que estava agendado para ocorrer entre Setembro e Outubro, tal como já tinha acontecido com um operador inglês (que anulou três voos), um dinamarquês (dois voos) e um italiano (um voo).
Por outro lado, a TAP realiza este Verão apenas três voos semanais para o Porto Santo, quando no ano passado operava cerca de 10. No entanto, estamos confiantes que, no próximo ano, estas operações serão retomadas, afirmou.
Para já assegura que um dos principais objectivos para este Verão foi manter o Porto Santo livre da Covid-19, de maneira a torná-lo um destino limpo e atractivo.
Refira-se que as pessoas oriundas do exterior devem apresentar um teste feito até 72 horas antes do início da viagem ou, então, efectuá-lo à chegada. A medida visa estimular o turismo regional no Porto Santo, um destino tradicional de férias para os madeirenses, que, segundo dados da autarquia, possuem cerca de 40% das moradias da ilha.