A Inspecção Regional do Turismo dos Açores (IRTA) detectou, até julho, 270 alojamentos não licenciados, principalmente na área do alojamento local, o que corresponde a cerca de mil camas.
Segundo a IRTA deverá haver, neste momento, nos Açores, cerca de cinco mil camas na modalidade de alojamento local, tendo este ano o número sofrido um aumento “muito significativo, muito superior ao ilegal”.
No ano de 2016, foram detetadas 202 unidades de alojamento não registadas, valor que já tinha sido o “mais elevado desde sempre” nos Açores, sendo “natural que este número aumente” até final de 2017. Todavia, será mais reduzido, uma vez que se está “no pico da época alta”.
A autoridade refere ainda que “quase diariamente se detetam alojamentos não licenciados”, sendo as ilhas de São Miguel e Terceira que lideram este processo, uma vez que também foram as que mais aumentaram a oferta registada.
A Inspeção Regional tem como objetivo combater a economia paralela na área do turismo, estando a desenvolver uma série de ações que visam detetar a oferta de alojamento turístico não registado, a par de atividades como a animação turística e profissões relacionadas com a atividade turística.
Segundo o Indicador Avançado de Turismo do Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA), estima-se que o número de dormidas na hotelaria tradicional dos Açores foi de 203 mil camas em junho, o que reflecte um aumento de 19% em termos homólogos.