IATA pede pelo menos 185 mil milhões de euros para salvar companhias aéreas

Para fazer face à pandemia do novo coronavírus, as companhias aéreas de todo o mundo vão precisar de uma ajuda de emergência de pelo menos 200 mil milhões de dólares (cerca de 185 mil milhões de euros), estima a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA)

Essa ajuda, segundo a IATA, pode ser traduzida em apoio financeiro directo às companhias de transporte de passageiros e mercadorias para compensar a sua carência de renda, mas também poderia consistir em empréstimos e garantias por parte dos governos e bancos centrais ou exoneração de impostos e taxas.

Se a 5 de Março, a IATA estimava que o vírus poderia custar ao transporte aéreo até 113 mil milhões de dólares em perdas de vendas em 2020, esta quinta-feira (19), em comunicado, realça que as condições se deterioraram claramente desde então com a proibição dos EUA aos viajantes da Europa de entrar no seu território e o encerramento aos não europeus do espaço Schengen.

IATA, que reúne 290 companhias que representam 82% do tráfego mundial, pede em particular aos países da África e Médio Oriente que ajudem as suas empresas aéreas cujas dificuldades ameaçam milhões de empregos directos e indirectos. O presidente e CEO da Associação, Alexandre de Juniac lembra que foram suspensas numerosas rotas na África e no Oriente e a procura diminuiu até 60% nas rotas que se mantêm.

Segundo a IATA, a participação do transporte aéreo na economia africana é de 55,8 mil milhões de dólares e contribui com 2,6% do Produto Interno Bruto do continente, enquanto no Médio Oriente, esses números aumentam para 130 mil milhões de dólares, 2,4 milhões de postos de trabalho e 4,4% do PIB, respectivamente.

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