IATA: Companhias aéreas africanas em crise

Sem assistência financeira urgente, a indústria da aviação em África está em risco de colapso, colocando em jogo 3,3 milhões de empregos e 28 mil milhões de euros do Produto Interno Bruto (PIB), alerta a  Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) que estimou que as companhias aéreas africanas podem perder 1.700 milhões de euros em 2020 devido à covid-19. Se tal acontecer, pode colocar essas companhias aéreas à beira do colapso.

Segundo declarações do vice-presidente regional da IATA para África e Médio Oriente, são já vários governos africanos que prometeram um total de 264 milhões de euros para apoiar o transporte aéreo.

Muhammad Albakri destaca que, no entanto, foram anunciados mais cerca de 25,5 mil milhões de euros em apoio financeiro para a aviação e turismo em África, mas explica que parte desse dinheiro veio dos governos, mas muito pouco chegou até agora aos seus beneficiários.

A IATA apela à remoção das barreiras ao dinheiro que chega às companhias aéreas porque não vale a pena abrir as fronteiras e o espaço aéreo se não houver mais indústria.

Entretanto, a maioria dos países africanos, que fecharam preventivamente os seus aeroportos e proibiram o tráfego aéreo em Março, estão a reabrir as suas fronteiras nas últimas semanas, com novas medidas de higiene e prevenção.

O transporte aéreo e o turismo contribuem para a economia africana com 143,7 mil milhões de euros, o que representa 7,1% do PIB do continente, e quase 25 milhões de empregos directos e indirectos.