TAP: Governo admite negociação difícil e complexa com Bruxelas

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos diz que a negociação da TAP com a Comissão Europeia é difícil, complexa e exigente, pois há visões diferentes sobre algumas matérias.

As negociações com Bruxelas em relação à reestruturação da transportadora aérea prosseguem, ainda sem aprovação à vista. Entretanto, o ministro das Infraestruturas anunciou que as receitas actuais da TAP estão acima do previsto no plano.

A TAP, recordou, tinha problemas ainda antes da pandemia, o que obrigou a um processo de reestruturação mais complexo e exigente do que os processos por que passaram outras companhias aéreas, referiu o governante para realçar que a TAP neste momento está com um nível de receitas acima do nível previsto no plano de reestruturação.

Aos jornalistas, disse que o trabalho com a Comissão Europeia tem sido muito bom, apesar de haver visões diferentes em algumas matérias e nós estamos a defender a nossa posição.

Pedro Nuno Santos reconheceu ainda que a cedência adicional de slots no aeroporto de Lisboa, face ao que Portugal propôs, é um dos termas centrais dessa negociação. Não tenhamos ilusões sobre a necessidade de devolver ou abdicar slots em Lisboa. Isso decorre da reestruturação que estamos a fazer, considerou, citando a Air France e a Lufthansa, que mesmo recebendo ajudas ao abrigo de um regime menos exigente e focado no impacto da pandemia, tiveram de abdicar slots. A TAP também passará por isso e estamos a negociar a dimensão dos slots a devolver. A bem da verdade, a TAP não tem capacidade ou interesse em usar todos os slots e já devolveu alguns.

A negociação com a Comissão prosseguiu, decorrerá com normalidade num processo difícil, complexo e demorado. Mas isso não impede que a TAP faça o seu caminho e o seu negócio de conseguir receitas e de cumprir o plano de reestruturação apresentado, destacou o ministro.