O presidente da Confederação Espanhola de Agências de Viagens (CEAV), Carlos Garrido, assinalou, durante um debate com o presidente do Grupo Hotusa, Amancio López Seijas e o com presidente da Hotelaria de Espanha, José Luis Yzuel, pela falta de ajudas directas do Estado espanhol ao sector do turismo, criticando a facto de serem exigidas condições consideradas, em muitos casos, como injustas.
Passam-se meses e a ajuda não se concretiza, disse o presidente da CEAV, acrescentando também que os fundos geridos pelas gestoras SEPI e Cofides para ajudar as empresas atingidas pela crise da covid-19 têm limitações extraordinárias.
Na altura, Carlos Garrido explicou que as agências de viagens não receberam qualquer ajuda do Estado, ao invés do que aconteceu com os seus concorrentes franceses e alemães, acrescentando que os fundos europeus aplicados no Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência não chegarão ao sector”, constituído por pequenas e médias empresas (PME) e micro-PME, das quais 90% têm menos de seis trabalhadores.
No mesmo debate e de acordo com Amancio López Seijas, dos 7.000 milhões de euros anunciados pelo Governo de Espanha em apoios directos não chegou uma peseta e, além disso, trata-se de ajudas cheias de letras de pequenas, injustas e lamentáveis, porque beneficiam aqueles que tinham dívidas em relação àqueles que comprometeram o seu património para pagar as suas dívidas.
Já presidente da Hotelaria de Espanha, José Luis Yzuel, criticou a ineficácia das restrições aprovadas pelos governos regionais e garantiu que Madrid mostrou que saúde e a economia podem ser compatíveis.