Relativamente ao ano que agora se inicia, não podemos encará-lo com optimismo. A pandemia está longe de se encontrar debelada, prevê-se novo confinamento, não sendo de excluir outros períodos de encerramento ao longo do ano, e é previsível a continuação de restrições aos horários de funcionamento, com novas diminuições da frequência e continuação da erosão das receitas, refere a Associação Portuguesa de Casinos, que comenta encarar o corrente ano com pessimismo, após uma quebra histórica de quase 50% das receitas em 2020. In addition to this, um novo período de encerramento e a alteração de hábitos dos frequentadores para outras ofertas de jogo.
No que concerne às quebras, a associação explica, se os casinos físicos já se defrontavam com umaconcorrência crescentemente agressiva, quer por parte do jogo de Casino ‘online’, quer dos jogos físicos e ‘online’ da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (com destaque para o Placard, a Raspadinha e o Euromilhões), em ambiente de pandemia esta concorrência intensificou-se.
Dos 11 casinos existentes em Portugal para os quais a associação dispõe de dados (falta-lhe informação relativa ao Casino de S. Miguel, nos Açores), os de Lisboa e do Estoril foram os que registaram em 2020 a maior descida nas receitas brutas.
O Casino de Lisboa, que lidera no volume de jogo no país, com uma quota de 24,3%, fechou o ano com uma quebra de 54,6% face a 2019, para 38,4 milhões de euros, enquanto o Casino do Estoril facturou praticamente 30 milhões de euros, menos 52,2%.
No ‘ranking’ das maiores quebras segue-se o Casino da Praia da Rocha, em Portimão, no Algarve, o Casino da Póvoa de Varzim, o de Espinho, o de Monte Gordo e o da Madeira.
Já o Casino da Figueira da Foz viu os proveitos recuarem praticamente 45%, faturando pouco mais de nove milhões de euros, seguindo-se o Casino de Chaves (-44,7%, para perto de 4,5 milhões de euros), Vilamoura (-44,6%, para 10,7 milhões de euros) e o de Troia, que registou a menor quebra (-31,2%, para 2,8 milhões de euros).
Considerando o total dos três casinos algarvios, explorados pelo grupo Solverde, a quebra de receitas ascendeu a perto de 46,5%, com a faturação a passar de 35,4 milhões de euros em 2019 para menos de 19 milhões de euros em 2020.