Afectada pelo cancelamento de vários voos para o exterior, a companhia aérea de Israel El Al estuda plano para despedir 1.000 de seus 6.000 funcionários.
Num relatório à Bolsa de Tel Aviv, a empresa El Al estimou que as suas perdas andariam entre 45 e 63 milhões de euros só no primeiro trimestre de 2020.
Essas previsões foram comunicadas antes da decisão de suspender os voos da El Al para a Itália.
Israel proibiu também voos de ou para os países mais afectados pela contaminação, a maioria deles localizada na Ásia, e recusa a entrada de viajantes não israelenses que estiveram nesses países.
Questionado sobre o impacto do novo coronavírus nas actividades de El Al, um porta-voz do grupo confirmou, no passado domingo, que a empresa planeia despedir 1.000 de seus 6.000 trabalhadores, sem fornecer mais detalhes.
Como outras companhias aéreas, a El Al corre o risco de colapsar. Quem o disse foi Arnon Ben-David, chefe da Histadrut, a principal central sindical de Israel. Acrescentou ainda que estamos numa emergência (…) e ninguém está interessado nisso, durante uma manifestação de funcionários da El Al no aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv.
Sete casos de coronavírus já foram confirmados em Israel e autoridades alertaram para a disseminação de “notícias falsas” sobre o novo coronavírus.
Situação que poderiam então ter feito com que muitos eleitores não participassem nas eleições legislativas da passada segunda-feira, o que não se veio a verificar.
Benjamin Netanyahu foi o vencedor destas eleições legislativas – as terceiras em menos de um ano -, cruciais para a sua sobrevivência política.