easyJet cria nova base em Faro e 100 postos de trabalho

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, assistiram esta quinta-feira, à apresentação da nova base área da easyJet em Faro, no Algarve.

A companhia área easyJet vai abrir uma nova base sazonal em Faro em Março de 2021, que permitirá a realização de voos para 17 destinos internacionais, entre Março e Outubro de 2021.

Esta será a terceira base da empresa no país que acontece após a abertura de Lisboa, em 2012 – a operar com cinco aviões – e do Porto, em 2015, com quatro aviões.

O investimento vai permitir a criação de cerca de 100 novos empregos directos no Algarve. Recorde-se que actualmente a companhia aérea emprega cerca de 325 pessoas em Portugal, todos ao abrigo de contratos locais e negociados com sindicatos portugueses do sector.

Na sessão de apresentação desta nova base, que decorreu em Lisboa, o ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, disse que este é um anúncio importante, sobretudo neste contexto particular em que vivemos.

– Investir no sector do transporte aéreo numa altura em que ele atravessa, provavelmente, a maior crise da história da aviação e do transporte aéreo, é um sinal de confiança no futuro. É um sinal da capacidade de identificar oportunidades, afirmou o ministro.

Para Pedro Siza Vieira, a vontade de viajar, actualmente, é intensa e existe, pelo que a procura de destinos turísticos regressará com uma força redobrada, assim que as restrições causadas pela Covid-19 sejam levantadas.

O ministro destacou ainda o compromisso desta companhia área com Portugal que já tem mais de duas décadas e que, ao longo do tempo, tem-se reforçado sistematicamente.

Por sua vez, Rita Marques disse que o Governo tem feito um esforço extraordinário para transformar as adversidades em oportunidades e a criação desta base aérea testemunha esse mesmo esforço, para acrescentar que este novo investimento da easyJet vem confirmar que Portugal continua a ser um local de destino turístico competitivo, capaz de atrair investimento estrangeiro e potenciador de criação de postos de trabalho.

Na sua intervenção, Pedro Siza Vieira referiu ainda o programa de apoio do Estado ao sector turístico

– Estamos, por um lado, a procurar conter o impacto maior da crise que, de outra forma, já teria destruído grande parte das empresas que operam neste sector mas também a tentar criar já as sementes de uma retoma que pretendemos vigorosa, frisou o governante.

A campanha recentemente lançada pelo Turismo de Portugal, proporcionando descontos em alojamento, restauração e animação turística, e o apoio à organização de eventos (a lançar brevemente), no sentido de complementar as receitas em virtude das restrições à lotação que existem, foram alguns dos exemplos enumerados por Siza Vieira.

Mais de 9 milhões de passageiros no último trimestre

easyJet transportou mais de 9 milhões de passageiros no último trimestre. Segundo o CEO, Johan Lundgren, esta companhia aérea ‘low cost’ operou um programa disciplinado de voos durante o verão, em simultâneo com o lançamento de um grande programa de reestruturação.

Com medidas de segurança reforçadas, em vigor em toda a sua operação, o que, conjuntamente com a pontualidade de 94%, levou a uma alta satisfação dos clientes durante este período, destaca um comunicado da transportadora aérea ‘low-cost.

Entretanto, a companhia continua focada em gerar receita durante o Inverno, a fim de minimizar as perdas de tesouraria durante a primeira metade do ano fiscal 2021 (Outubro a Março), tendo reunido cerca de 2,6 mil milhões de euros em dinheiro desde o início da pandemia Covid-19 e está bem posicionada para enfrentar o ambiente desafiador em curso e capitalizar com a recuperação, assim que as restrições sobre as viagens, por parte dos governos, forem atenuadas, assinala o referido comunicado.

Johan Lundgren sublinha que, durante este período, adoptámos uma abordagem muito prudente e conservadora em relação à capacidade e este procedimento disciplinado veio a revelar-se melhor do que o esperado no quarto trimestre e mantém-nos focados em operar voos lucrativos durante a época de Inverno, a fim de minimizar perdas e ‘cash burn’ durante o primeiro semestre de 2021.

“Com base nas atuais restrições de viagens, esperamos voar cerca de 25% da capacidade programada para o primeiro trimestre do ano fiscal de 2021, (Outubro a Dezembro), mas mantemos a flexibilidade para aumentar a mesma rapidamente se perspectivarmos que o regresso da procura e os níveis de reservas antecipadas para o Verão de 2021 estão em linha com os dos anos anteriores, garante o CEO da easyJet.

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