Duarte Ferreira, director do Hotel Mercure Almada, unidade de 4 estrelas, parte integrante do Grupo Accor, começa por dizer ao Opção Turismo que as grandes crises trazem sempre uma aprendizagem, referindo-se à pandemia do Covid-19.
Duarte Ferreira – Estou a enfrentar uma nova realidade, uma aprendizagem totalmente nova, criando protocolos de acolhimento para os clientes e funcionários, colocando em prática todas as normas de segurança e prevenção à Covid-19.
Opção Turismo – Considera que o ano de 2020 está mesmo perdido, como muita gente o diz, ou ainda há alguma esperança?
Duarte Ferreira – Neste momento não tenho uma ideia em concreto. Tudo irá depender da abertura dos mercados, dos clientes sentirem a confiança em poder viajar e como escolher os países que poderão prestar uma plena segurança.
Opção Turismo – Quando tudo isso passar, acha que a hotelaria nacional será a mesma?
Duarte Ferreira – A hotelaria irá passar por uma transformação total. E sendo assim, terá que se reinventar, criando novas metodologias para acolher os seus clientes.
Opção Turismo – Quais serão os principais desafios para a hotelaria?
Duarte Ferreira – A Hotelaria nunca será como dantes. Terá que haver uma alteração de mentalidades em todas as vertentes bem como a criação de novas metodologias e rotinas, tanto para os clientes e funcionários.
Abordando o tema de uma possível “guerra” tarifária na Hotelaria após o pico da pandemia passar, perguntámos ao director do Mercure Almada, se isso fará a grande diferença nesse futuro.
Duarte Ferreira – Não concordo com a redução das tarifas após pandemia. Considero que as mesmas devem manter-se, embora as unidades venham a sofrer custos acrescidos para manter a segurança plena dos seus clientes e colaboradores.