Cuba reabre ao turismo estrangeiro

A comemoração do 502.º aniversário da capital, Havana, o regresso às aulas do 1.º ciclo e a convocatória para uma marcha cívica de protesto marcaram ontem (14) a reabertura da ilha ao turismo estrangeiro.

Trata-se de mais uma solução para dinamizar a economia, a viver a maior crise em três décadas devido ao impacto da pandemia e ao reforço do embargo dos Estados Unidos.

O processo de desaceleração das medidas mais restritivas foi aplicado no país, que prevê a imunização de 90% da população cubana até ao final do mês.

Depois de um forte surto desde o início do ano, o país retomou nas últimas semanas os serviços de transporte público, hotelaria, gastronomia, grande parte das actividades culturais e aluguer de residências particulares.

A par dessas medidas, Cuba reabriu sem restrições as fronteiras na passada segunda-feira com o relaxamento das medidas estabelecidas para o cenário epidemiológico mais complicado da pandemia e com o objectivo de reverter a queda do sector turístico, a segunda fonte de divisas da sua economia.

A partir de agora, todos os passageiros que tenham recebido uma vacina reconhecida pelas autoridades sanitárias do seu país de origem e menores de 12 anos poderão entrar sem ter de apresentar um teste negativo nem fazer quarentena no país.

Aos viajantes sem vacina será exigido um teste PCR negativo ou um teste antigénio de um laboratório certificado do país de origem feito nas anteriores 72 horas à chegada a Cuba.

Mantêm-se em vigor a medição da temperatura a todos os viajantes à entrada e saída do país, o uso obrigatório de máscara e de desinfetantes para as mãos, bem como a apresentação do seguro médico covid-19.

De 63 para 400 voos semanais

Paralelamente, e segundo estimativas do Ministério dos Transportes, prevê-se o aumento gradual das operações aéreas nos 10 aeroportos internacionais da ilha, passando dos actuais 63 voos semanais para 400 no final do mês.

No imediato, é esperada a chegada de 147 voos a diversas cidades de Cuba, provenientes dos Estados Unidos, onde reside a maior comunidade de emigrantes cubanos no estrangeiro.

Nas fronteiras marítimas do arquipélago está também programada a reabilitação dos seus terminais para retomar a chegada dos cruzeiros em Dezembro.