A Confederação do Turismo Português (CTP) defendeu a suspensão das restrições impostas pela Câmara de Lisboa à circulação de autocarros turísticos na zona histórica da capital, para reavaliar o impacto no sector.
Em comunicado, a CTP considera que as restrições que a Câmara Municipal de Lisboa acaba de impor à circulação de autocarros de turismo em determinadas áreas da cidade têm um impacto negativo na atividade turística, nomeadamente junto das empresas que atuam no segmento MICE – Meetings, Incentives, Conferences, Exhibitions, isto é, dedicadas à organização de eventos para grandes grupos.
Para a confederação, a autarquia deve suspender a medida, de forma a reavaliar o seu efeito económico e empresarial e ajustá-la no quadro de um diálogo aberto e construtivo com os agentes do turismo.
Recorde-se que no final de julho, o município da capital informou ter proibido a circulação de autocarros turísticos com mais de nove lugares nos acessos à Sé e ao Castelo de Lisboa, visando evitar problemas para os moradores, ao nível do ruído e do congestionamento do tráfego, entre outros.
Na altura também foi referido que “a um prazo mais longo, já certamente em 2018”, a Câmara pretende “regular” toda esta área que fica compreendida “entre a Avenida Infante Santo, Estrela, Rato, Rua Alexandre Herculano, Avenida da Liberdade até à Avenida Almirante Reis, e depois Praça do Chile, Praça Paiva Couceiro, até ao rio”.
Citado pelo comunicado ontem divulgado, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, frisa que o crescimento sustentável do turismo na cidade, apoiado pela confederação, estará sempre associado um modelo de mobilidade urbano eficaz e adaptado às necessidades da capital.
– Entendemos, contudo, que deverá ser procurado um equilíbrio na definição desse modelo, que não comprometa actividades económicas tão relevantes para o desenvolvimento socioeconómico de Lisboa como é o caso do turismo, acrescenta o responsável.