Covid-19 impediu portugueses de viajarem o ano passado

O INE confirmou esta quarta-feira que as viagens de residentes em Portugal diminuíram 41,1% em 2020, face ao ano anterior. Em 2020 foram feitas 14,4 milhões de viagens por portugueses, o valor mais baixo da última década. Os residentes preferiram viajar pelo país, com a região Centro a ser o principal destino.

Os dados do Instituo Nacional de Estatística agora divulgados mostram que a queda foi maior nas deslocações ao estrangeiro, que afundaram quase 80% no conjunto do ano, devido às restrições implementadas por causa da pandemia.

No entanto, nem o Verão do ano passado chegou para salvar as viagens dos residentes em Portugal, tendo contabilizado, no período em análise, uma quebra de 20% no primeiro trimestre, 65% no segundo, 26,7% no terceiro, tendo chegado ao Outono/Inverno (último trimestre do ano) a descidas a rondar os 57,5%. Os 14,4 milhões de viagens correspondem ao valor mais baixo da última década, segundo o INE.

Entre os portugueses que arriscaram viajar em férias, o principal destino foi mesmo Portugal, apesar das viagens nacionais terem diminuído 35,7%. Os principais destinos nacionais foram as regiões Centro (32,4%), Norte (21,8%) e Algarve (16,1%).

Na análise do INE, o alojamento particular gratuito reforçou o seu peso no total, correspondendo a 69,2% das dormidas (61,3% em 2019). Por outro lado, os hotéis e similares perderam representatividade.

Já para o estrangeiro, as viagens decresceram 78,1%. Os principais destinos continuaram a ser Espanha e França, respectivamente, com o Reino Unido a assumir a terceira posição com 8,4% (+2,4 pontos percentuais). Não foi possível viajar para alguns países fora da Europa.

O motivo principal que levou os residentes a viajar foi lazer, recreio ou férias (7,8 milhões de viagens) e a visita a familiares ou amigos (4,9 milhões de viagens). Já os motivos profissionais ou de negócios” representaram 7,1% do total de viagens (um milhão).