Apreendidos vários aviões da Hong Kong Airlines por dívidas elevadas

A Autoridade Aeroportuária de Hong Kong (AAHK) apreendeu ontem, 16 de dezembro, sete aviões da Hong Kong Airlines, numa acção interposta por um grande credor da companhia aérea. Em comunicado a AAHK refere que a medida justifica-se para proteger os interesses financeiros desse credor.

Recorde-se que a companhia aérea, a terceira maior com sede na Região Autónoma Especial de Hong Kong (RAEHK), está a passar por grandes dificuldades financeiras, devido à queda do movimento de passageiros e a toda a crise político-social que se tem verificado, nos últimos meses, em Hong Kong.

Refira-se, a propósito, que a companhia aérea já reconheceu que alguns dos seus aviões estão sob controlo da AAHK.

Segundo o jornal South China Morning Post, as aeronaves, que foram armazenadas, estavam paradas há 11 meses e a última a juntar-se ao grupo foi há três meses. Todas são propriedade de uma empresa de leasing controlada pelo conglomerado HNA, dono da companhia aérea.

Numa primeira análise as aeronaves estão apreendidas devido à enorme dívida que a companhia tem ao Aeroporto de Hong Kong, que cobra taxas elevadíssimas pelo estacionamento de aeronaves. Com base nas tarifas cobradas habitualmente (a menor das quais é 11 dólares norte-americanos por 15 minutos) estima-se que a companhia tenha uma dívida de entre 1,4 e 2,2 milhões de dólares dos EUA.

Conforme o Opção Turismo então noticiou, a Hong Kong Airlines esteve à beira de perder a sua licença de voo (COA) no início do corrente mês, devido a incumprimentos financeiros.

Uma das medidas tomadas foi a redução dos seus quadros de pessoal e a sua frota em um quarto, estando agora a trabalhar com 27 aviões.

Na altura também foi anunciado que a partir do próximo mês de fevereiro de 2020 deixará de fazer voos de longo curso. Entretanto arranjou fundos para recuperar parte das suas operações, mantendo activo o seu COA.