Os apoios às empresas dos sectores mais afectados pela pandemia da Covid-19 vão manter-se até ao fim do processo de desconfinamento, que não avança esta semana, anunciou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, após a reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira.
– Relativamente aos apoios económicos, aquilo que queria dizer é que, naturalmente, esta decisão que hoje tomamos de não avançar no desconfinamento significa que se vão manter os apoios aos sectores mais afectados, que estão neste momento em curso e que tinham uma data prevista que acompanhava o fim do processo de desconfinamento. Uma vez que ele ainda não ocorreu, os apoios vão manter-se, esclareceu.
Os moldes do prolongamento destes apoios serão posteriormente anunciados pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
Entretanto, quarta-feira, Siza Vieira já tinha avançado que os apoios às empresas podem chegar aos 2,3 mil milhões. Para além da verba já prevista no PRR de 930 milhões para apoiar estes projectos inovadores, podermos ainda ir buscar ao nível dos empréstimos mais 2.300 milhões de euros, disse.
O governante, que falava no lançamento Programas PRR — ‘Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial’, em Matosinhos, sublinhou que as verbas a atribuir são a fundo perdido a empresas que apresentem projectos de mérito.
Siza Vieira adiantou que o Estado português vai pedir empréstimos, mas para transferir a fundo perdido para as empresas em projectos de investimento. No PRR, os apoios directos do Estado às empresas a fundo perdido correspondem a quase 30% do envelope nacional, sublinhou.