As perspectivas de reservas, quer para a Páscoa, quer para o Verão, estão acima das de 2019, e com um crescimento do preço, ou seja, sem recorrer a baixas de preço. Quem o afirma é Hélder Martins, presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), numa recente entrevista à Lusa, acrescentando que as expectativas da hotelaria algarvia para a Páscoa são positivas e a ocupação deve superar níveis prévios aos registados antes da pandemia de covid-19.
No entanto Hélder Martins refere que o Algarve está longe de estar cheio na Páscoa destacando que a região conta com uma capacidade de alojamento grande para o período de 15 a 17 de Abril que ainda pode ser utilizada.
O Algarve está com ocupações previstas acima de 2019, mas com grande capacidade ainda para acolher aqueles que quiserem cá vir, disse o presidente da maior associação de hotelaria do algarve sem avançar com quaisquer números.
Em relação aos principais mercados geradores de turismo para o Algarve nesta altura, Hélder Martins refere que todos os mercados estão a reagir bem e não se pode dizer que haja apenas um mercado a disparar e os outros a baixar. Estão todos a reagir mais ou menos de forma idêntica, frisando que a recuperação de ligações aéreas para a região, depois das restrições motivadas pela pandemia, também contribui para uma possível melhoria face a 2019.
O dirigente da associação empresarial algarvia afastou ainda, de momento, qualquer influência negativa na procura pela região motivada pela guerra na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro com a entrada em território ucraniano de forças militares da Rússia, que cercam atualmente várias cidades, incluindo a capital Kiev.
“Até ao momento não sentimos isso, mas, obviamente, é uma situação a ter em conta, porque pode piorar de um momento para o outro. Mas neste momento não cremos que haja sentimento de medo de viajar nem nada disso”, afirmou.
Sobre a invasão da Ucrânia e na opinião de Hélder Martins, o facto de o conflito ser no leste europeu pode ajudar a motivar pessoas a escolher destinos no sul da Europa, em detrimento de outros, com maior proximidade à Ucrânia, como a Turquia ou destinos asiáticos.