Ainda sem acordo de Bruxelas, o plano de reestruturação da TAP já está no terreno, disse o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Menos 20 aviões e 25% da força de trabalho na companhia aérea portuguesa demonstram este facto.
Sete meses depois de o plano de reestruturação da TAP ter sido entregue em Bruxelas, o ministro acredita que haverá novidades em breve. Os cortes de custos já arrancaram, lembra.
Em declarações a um canal de televisão, Pedro Nuno Santos afirma que de 108 aviões a companhia aérea passou para 88 e há menos 2.400 trabalhadores na transportadora, o que representa uma redução na força de trabalho na ordem dos 25%.
– A TAP é uma companhia de bandeira e o Governo quer ter uma empresa que serve um hub, apontou o governante, defendendo que a transportadora aérea faz o que essas companhias low cost não fazem e nunca farão. É uma companhia aérea que é liga Portugal ao outro lado do Atlântico.
Na entrevista, o ministro assegurou que é falso que a TAP esteja parada e é falso que a reestruturação não esteja em curso. Inclusive a TAP está a transportar mais passageiros que o resto das transportadoras em Portugal durante a pandemia.
O ministro das Infraestruturas disse que as negociações do plano reestruturação da TAP com a Comissão Europeia (CE) encontram-se encerradas, esperando que seja aprovado por Bruxelas nos próximos dias ou nas próximas semanas.
Pedro Nuno Santos explicou ainda que a TAP está a passar por um processo de reestruturação, pelo qual nunca tinha passado na sua história. Tínhamos quase 10 mil trabalhadores, e estamos, neste momento, com cerca de 7.000 trabalhadores. Se isto não é uma reestruturação é o quê?”, questionou o ministro, referindo que a empresa irá perder um quarto da força de trabalho, com a saída de 2.400 trabalhadores. O governante salientou também que, até Dezembro, a empresa vai perder cerca de duas dezenas de aviões.