AHETA: Algarve cumpre os critérios para ser um destino seguro

Um possível encerramento do corredor aéreo que, afinal não veio a acontecer, entre o Reino Unido e Portugal, devido ao aumento do número de infectados em Portugal, continua a causar uma certa preocupação, nomeadamente nos clientes que estão neste momento no Algarve, com alguns indecisos a estudar uma possível antecipação do seu regresso ao Reino Unido.

O presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) afirmou que, por enquanto, ainda não há registo de turistas britânicos que estejam a regressar ao seu país por força das notícias que apontam para uma possível decisão do Governo do Reino Unido de repor a obrigatoriedade de quarentena à chegada a território britânico. E com a recente declaração do ministro dos Transportes, Grant Shapps, essa preocupação foi adiada.

Elidérico Viegas comentando ainda a situação destaca que o que se pode dizer é que isso não é uma boa notícia e, a verificar-se, agora ou mais tarde, trará avultados prejuízos para a região e o país, acrescentando que o mercado britânico é estratégico e prioritário para a região, representando mais de um terço das dormidas e dos turistas e, em receitas, representa mais porque a despesa ‘per capita’ é mais elevada que a média dos visitantes de outros países.

O presidente da AHETA considera que não faz sentido considerar Portugal como um todo como destino inseguro quando, em boa verdade, o Algarve teve muito poucos infectados por 100 mil habitantes e regista um valor de pouco mais de dois por 100 mil habitantes.

– E, assim sendo, cumpre os critérios europeus para ser um destino considerado seguro, refere Elidérico Viegas afirmando que os hotéis e empreendimentos turísticos algarvios esperam vivamente é que a imprensa britânica esteja enganada desta vez, lembrando que não é a primeira vez que isso aconteceria.

Penalizar as regiões como o Algarve porque a zonas de Lisboa e do Porto têm um número de infetados superior parece-me um bocadinho – não é um bocadinho, é muito – injusto. E não apenas para nós, mas para os próprios turistas britânicos, disse ainda o presidente da AHETA.