Quando o destino promove natureza há que criar todo um conjunto de actividades e subprodutos para cativar os turistas. E isso é algo que o arquipélago dos Açores já está a fazer. Como foi provado aquando da VII Bienal de Turismo em Espaço Rural, que decorreu, a 16 e 17 de Outubro, na ilha de São Jorge.
Entre os vários produtos apresentados destaque para os percursos pedestres, para os passeios para ver as baleias (há, entretanto, quem defenda a criação de um santuário de tubarões), e inclusive birdwatching.
Uma das vantagens do arquipélago, e um motivo de atracção, é o Geoparque Açores. Abrangendo as nove ilhas tem como elementos caracterizadores do património geológico da região vulcões, caldeiras, lagoas, campos lávicos, fumarolas, águas termais, grutas e algares vulcânicos, fajãs, escarpas de falha e depósitos fossilíferos marinhos, entre outros.
Jasmine Moreira, do Departamento de Turismo – UEPG, já viajou um pouco por todo o mundo a visitar geoparques e locais de interesse. Esta professora, que está sediada na Fernando de Noronha deslocou-se desde o Brasil para mostrar bons exemplos de geoparques em ilhas e para descrever o processo que a ilha onde trabalha e reside está a levar a cabo com o objectivo de, também ela, adquirir o estatuto de geoparque. E que assenta no programa de sustentabilidade Noronha +20.
Os exemplos dados procuraram demonstrar que é possível promover um destino de turismo sustentável. Mas isso só é possível com o apoio e a interacção de toda a comunidade. E disponibilizando um produto autêntico e original. A forma de assegurar a sustentabilidade do espaço pode passar por limitar o acesso a um determinado número de pessoas ou usar as novas tecnologias / produtos para proteger a natureza (entre outras possibilidades).
E convém ter criatividade para gerar receitas. Jasmine Moreira deu como exemplo o Parque Nacional Rapa Nui, que criou uns chocolates com a figura das estátuas da ilha de Páscoa.