Tudo começou na garagem da casa de seus pais na África do Sul. O estudante Mark Shuttleworth inventa o Thawte – um sistema de segurança, os certificados de identidade e a assinatura digital aplicáveis no comércio electrónico. Aos 26 anos (4 anos depois) vendeu a sua empresa à Verisign por um valor superior a 500 milhões de dólares.
Em 2002, então com 29 anos, tornou-se o primeiro sul-africano a ir ao espaço, lançado na nave russa Soyuz TM-34, pagando 20 milhões de dólares pela aventura, e entrando para a história como o segundo turista espacial, depois do empresário norte-americano Dennis Tito.
Ao observar, do espaço, como a Terra é frágil, o milionário sul-africano Mark Shuttleworth teve um sonho: fazer do Príncipe um exemplo de protecção da natureza e desenvolvimento sustentável, criando riqueza sem destruir a natureza.
Fundou várias empresas como a “Joint Venture HBD” que investiu 70 milhões de dólares no desenvolvimento turístico da Ilha do Príncipe. É também o patrono da Fundação Shuttleworth. Trata-se de uma organização sem fins lucrativos dedicada à inovação social, que também financia projectos de software educativo e gratuito.
Em Maio de 2011 o Governo Regional do Príncipe na pessoa de José Cardoso Cassandra assinou um acordo de investimento com o Grupo Empresarial de Mark Shuttleworth, designado “HBD-Boa Vida”.
Logo após a assinatura do acordo de investimento, começou a realizar acções no sentido de a médio prazo transformar a ilha do Príncipe, num santuário de turismo ecológico de alto nível.
Comprou roças e a participação de outras empresas que pretendiam realizar projectos turísticos na orla costeira do Príncipe. Assim, o grupo sul-africano passou a ser proprietário das mais lindas praias do Príncipe, como Macaco, Boi e também o ilhéu Bombom.
Os trabalhadores de uma das roças, a Sundy Roça, mais de 200 chefes de famílias que estavam desempregados, passaram a ganhar sustento mensal graças a intervenção do grupo sul-africano.
O projecto de Shuttleworth assenta numa ideia essencial e aparentemente simples: transformar o Príncipe num destino turístico de eleição, graças à sua natureza única, capaz de atrair visitantes com dinheiro e, com isso, gerar uma riqueza e desenvolvimento que beneficie toda a população.
No seu plano, isso é feito com meia dúzia de empreendimentos turísticos, perfeitamente integrados na biosfera local, e com não mais de 100 quartos no total. E, em simultâneo, trabalhar o ordenamento do território, as possibilidades agrícolas e a requalificação das pessoas, de forma a criar uma “marca Príncipe”, que possa ser reconhecida internacionalmente.
A sua fundação patrocina a ecologia e a protecção a natureza, o desenvolvimento social, o ensino, a transformação das antigas roças para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, onde são produzidos os produtos que os turistas vão comer nos hotéis da companhia HDB Boa Vida operados por naturais da ilha que para isso têm sido educados e treinados por equipas multidisciplinares de várias nacionalidades, sendo portuguesa pelo menos uma delas.
A ilha do Principe em São Tomé e Príncipe foi declarada Reserva Mundial da Biosfera pelo Comité Internacional da UNESCO para o programa da Biosfera.
Um resumo muito simpático sobre o projecto da HBD na ilha do Príncipe. Só um reparo, a segunda foto não corresponde à ilha do Príncipe, mas a São Tome.
Olá Paula,
Se por acaso tiver uma foto publicável dos investimentos em Príncipe agradeço o envio
Cumprimentos
Luís
Esta 1 foto é do ilhéu das tolas em São Tome e não de nenhum investimento HBD em Príncipe.
Ilhéu das Rolas