Esta é a conclusão da Cushman & Wakefield, Hotel Investor Beat na sua última publicação. O ranking coloca a capital portuguesa em 9.º lugar das cidades preferidas para se investir no mercado hoteleiro, à frente de Dublin, Viena ou Praga.
A tabela de preferência dos investidores é liderada por Barcelona, seguida de Londres, Paris, Amesterdão e Munique.
– Portugal e a Península Ibérica surgem com destaque positivo, consagrando assim a natureza turística destes destinos, e a confiança na retoma turística no curto prazo, sublinha Gonçalo Garcia, director de Hospitality da Cushman & Wakefield, para realçar que Portugal beneficia de uma boa organização da oferta turística e da visibilidade conquistada no passado recente, limitando-se o interesse apenas pela escala do país e consequentemente das oportunidades geradas e respectivo ritmo do potencial de crescimento.
Já por países, é o Reino Unido e a Irlanda que se destacam para investir no sector hoteleiro, seguidos pela Alemanha, Península Ibérica, França e Benelux.
A Cushman & Wakefield dá ainda conta que apesar da crise no sector do turismo e das viagens, causada pela Covid-19, apenas 21% dos investidores admite reduzir o investimento na hotelaria e só 10% colocaram os seus planos em espera.
Os resorts turísticos aparecem como o tipo de activos mais atractivo, com 70% dos investidores a considerem-nos mais interessantes agora do que antes da pandemia.
Também os ‘serviced apartments’ se tornaram mais atractivos, com 60% dos inquiridos a realçar a resiliência, alto rendimento e adaptação à mudança para arrendamentos a médio-longo prazo deste tipo de activo.
Do lado oposto da tabela constam os hotéis de negócios e os alojamentos que se localizam junto a aeroportos, que têm vindo a perder interesse por parte dos investidores, pela alteração brusca nos padrões de trabalho e a resistência em organizar grandes eventos num futuro próximo, segundo dados da consultora imobiliária internacional.
Para o estudo foram inquiridos mais de 50 grandes investidores activos no mercado de investimento hoteleiro europeu, que no seu total foram responsáveis pelo investimento de 26 mil milhões de euros nos últimos cinco anos, adquirindo 664 hotéis (127.642 quartos), o que representa aproximadamente um quarto do volume total de transacções no sector.