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Digitalização e Sustentabilidade são as prioridades do Algarve 2030

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Tudo indica que 2023 será um muito bom para o turismo, turismo que neste ano será uma particular alavanca do crescimento económico do País. Também no Algarve.

A título de exemplo, na nossa primeira porta de entrada de turistas não nacionais – o Aeroporto Gago Coutinho, em Faro-, a confirmarem-se os dados do primeiro semestre, no final do ano, ultrapassaremos os 9 milhões de passageiros registados em 2019.

Com efeito, até final de abril deste ano, por comparação com o ano de 2022, já registámos um aumento de 30,9% no número de passageiros movimentados neste Aeroporto.

A qualidade e notoriedade do destino Portugal, e dentro de Portugal da Região do Algarve, complementados pela qualidade do serviço, pela excelência e crescente diversidade da nossa oferta turística, pela segurança, são atributos que reforçam a nossa especialização no turismo.

Com a pandemia o desafio foi o de explorar todo o potencial da cultura e do turismo sustentável para a recuperação económica, valorizar a inclusão e inovação social.

O sector, as empresas, em articulação e com o apoio das autarquias, em concertação com as entidades nacionais e regionais de turismo, têm demonstrado resiliência e foco na valorização do turismo do Algarve.

No Algarve, com os Fundos Europeus geridos no contexto do Programa Regional Algarve 2030, as prioridades nas escolhas são e foram claras: Sustentabilidade e Digitalização.

Sustentabilidade. O Algarve é a região do país com maior percentagem do território em áreas classificadas – 37% -, aqui incluindo a Rede Natura 2000, e estamos crescentemente alinhados com a implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2030 das Nações unidas, sendo a sustentabilidade inseparável e indissociável do turismo do nosso tempo.

Destaque também para os esforços das empresas e das entidades da região no uso racional e inteligente da água. Sabemos bem que água é vida e não a podemos desperdiçar.

Estamos, todos, Estado, autarquias, empresas, a trabalhar para que até 2026 – 50% dos campos de golfe usem água reciclada tratada (ApR – Água para Reutilização).

Queremos, em conjunto com o Turismo de Portugal, mobilizar recursos e fundos europeus para processos de economia circular dentro de cada unidade produtiva colocando as empresas e o setor do turismo na liderança da economia circular no uso da água, da eficiência energética, na recolha, redução e reutilização de bio resíduos.

Digitalização. A inovação do negócio do turismo e viagens na valorização da experiência do cliente, na personalização de serviços, na eficiência operacional, na otimização de procedimentos, na retenção de talento, serão área de inovação a construir com a região e com as empresas.

A partir do trabalho e investimento já realizado pelas autarquias, em articulação com as empresas e suas associações, este é o tempo de ambicionarmos tornar a Região do Algarve como um Destino Turístico inteligente.

No Programa Regional Algarve 2030 mobilizámos verbas e fundos para aumentar ainda mais as qualificações na formação de jovens do ensino secundário e nas escolas profissionais de turismo, bem como nos cursos técnicos superiores de curta duração.

Qualificações – Qualificar os recursos humanos para novos patamares de exigência e de qualificação da própria atividade turística.

O Algarve interior e nas áreas de baixa densidade representam um Algarve natural a explorar. Um Algarve que em algumas zonas do território ainda tem fraca cobertura de internet, sendo o concurso 5G uma resposta que se aguarda com expetativa. Monchique é um bom exemplo desse Algarve natural, de um turismo de natureza, de experiências e paisagens únicas.

José Apolinário, presidente do Conselho Diretivo CCDR do Algarve, I.P. e da Comissão Diretiva do Programa Regional Algarve 2030