Na nota, dirigida aos associados o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) informou que “a easyJet continua a considerar os tripulantes das bases portuguesas trabalhadores menores” perpetuando a sua “precarização e discriminação relativamente aos colegas de outros países”.
Nesse sentido e segundo um anunciou da estrutura sindical em comunicado. os tripulantes de cabine da easyJet convocaram uma greve para os dias 26, 28 e 30 de maio e 01 e 03 de junho,
De acordo com o sindicato, “o clima de tensão e desagrado e o longo impasse na resolução dos diversos diferendos laborais, levaram o SNPVAC a apresentar um novo pré-aviso de greve”, tendo sido hoje “enviado ofício à empresa, ao Ministério das Infraestruturas, Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ministério da Economia e do Mar e DGERT, comunicando um pré-aviso de greve para os dias 26, 28 e 30 de maio e 01 e 03 de junho de 2023”.
A paralisação abrangerá “todos os voos realizados pela easyJet” bem os “demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos”, cujas “horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00:01 e fim às 24:00 de cada um dos dias” mencionados, lê-se no pré-aviso de greve, divulgado pelo sindicato.
No pré-aviso, o SNPVAC disse que a easyJet “continua apostada numa postura de arrogância e inflexibilidade, mantendo-se todos os pressupostos que levaram ao recurso a esta medida extrema”.
“As propostas de alteração às prestações pecuniárias já anteriormente apresentadas pela empresa continuam senão piores, muito aquém do limiar do aceitável para garantir trabalho digno aos tripulantes de cabine”, revelou o sindicato, acrescentando que “a easyJet continua ‘surda’ às dificuldades económicas sentidas pelos seus tripulantes, devido aos baixos rendimentos, em face ao reconhecido aumento do custo de vida, o que asfixia os trabalhadores e põe em causa o bem-estar e conforto das suas famílias”.
No comunicado aos associados, o SNPVAC disse que “continua disponível para negociar com a empresa de forma séria e de forma a ir de encontro às pretensões”.
O sindicato considera que, tendo em conta a existência de alternativas, nomeadamente nos voos para os Açores e Madeira, “não existem serviços mínimos a assegurar”.