De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC-Securities and Exchange Comission, em inglês), a Boeing e o seu ex-CEO mentiram sobre a segurança do modelo 737 MAX.
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), entidade que regula os mercados financeiros e o mercado de ações, multou o fabricante de aeronaves Boeing em 200 milhões de dólares.
A SEC acusa a empresa e seu ex-CEO Dennis A. Muilenburg, que foi multado em um milhão de dólares, de fazer declarações públicas enganosas sobre segurança após os acidentes mortais envolvendo o B737 MAX.
De acordo com a SEC, tanto a Boeing como Dennis Muilenburg disseram após o primeiro acidente que o software MCAS era tão seguro quanto qualquer avião que já voou pelos céus. No entanto, segundo a Comissão, fizeram essas afirmações ao saber que o sistema representava um problema de segurança contínuo. Recorde-se que nesse caso 188 passageiros morreram com a queda de um avião da Lion Air.
Posteriormente, após o segundo acidente, Boeing e Dennis Muilenburg asseguraram que no processo de certificação da aeronave não houve falha em relação ao MCAS, apesar de estarem cientes do contrário. Nesse incidente, envolvendo um 737 MAX da Ethiopian Airlines morreram 157 pessoas.
Em tempos de crise e tragédia, é especialmente importante que empresas e executivos forneçam informações completas, justas e verdadeiras aos mercados. A Boeing Company e seu ex-CEO Dennis Muilenburg não cumpriram essa obrigação básica. Eles enganaram os investidores, disse Gary Gensler, presidente da SEC