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Governo dos Açores dá aval a empréstimo de 15 milhões para a SATA Air Açores

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O Governo Regional dos Açores autorizou a SATA Air Açores a avançar com um empréstimo de 15 milhões de euros destinado a reforçar a tesouraria da companhia.

A decisão consta de um despacho do secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, publicado hoje em Jornal Oficial. O financiamento será obtido junto do BPI, com prazo de sete anos e dois anos de carência, estando sujeito a uma taxa de juro equivalente à Euribor a seis meses acrescida de um ‘spread’ de 1%.

A operação decorre do regime aprovado em julho pelo Conselho do Governo, que permite a concessão de garantias regionais sobre empréstimos até ao montante de 75 milhões de euros. Nesse contexto, a atribuição da garantia pela Região Autónoma constitui requisito indispensável para a concretização deste financiamento.

O grupo SATA tem vindo a atravessar um processo de reestruturação, depois de, em 2022, a Comissão Europeia ter aprovado uma ajuda estatal portuguesa de 453,25 milhões de euros, através de empréstimos e garantias. O plano inclui reorganização da estrutura da empresa e alienação de uma participação de controlo de 51% da Azores Airlines, cuja privatização continua em negociação entre o executivo açoriano e o consórcio Newtou/MS Aviation.

Nos resultados mais recentes, referentes ao primeiro semestre de 2025, o grupo reduziu os prejuízos para 44,2 milhões de euros, menos 826 mil do que no mesmo período de 2024. O EBITDA consolidado passou de -6,5 milhões para 1,86 milhões, revelando uma recuperação operacional transversal às empresas do grupo.

Na SATA Air Açores, que assegura as ligações interilhas, o EBITDA subiu para 1,3 milhões de euros, contra -1,2 milhões no mesmo período do ano anterior, com o resultado líquido acumulado a melhorar para -3,4 milhões (face a -9 milhões em 2024). Já a Azores Airlines apresentou pela primeira vez um EBITDA positivo, de 300 mil euros, embora mantenha um resultado líquido negativo de 41,1 milhões de euros, pior que os 37,8 milhões registados no primeiro semestre do ano passado.