A companhia aérea de baixo custo Ryanair iniciou a reestruturação da sua operação em França devido ao aumento de 180% na taxa de transporte aéreo, conhecida como “taxe de solidarité sur les billets d’avion” (TSBA) ou “imposto Chirac”.
Esta medida inclui, por exemplo, a eliminação de 750 mil assentos e o cancelamento de 25 rotas até o inverno de 2025. No entanto, a mais pesada será o completo encerramento das suas atividades nos aeroportos de Bergerac, Brive e Estrasburgo.
De acordo com a Ryanair, essa carga tributária excessiva compromete a competitividade da França em comparação a outros países da União Europeia, como Irlanda, Espanha e Polônia, que não aplicam taxas aéreas. Além disso, países como Suécia, Hungria e algumas regiões da Itália já eliminaram impostos similares para fomentar o tráfego aéreo e impulsionar o turismo.
Para colmatar a situação, a Ryanair avançou com uma proposta ao governo francês: a eliminação total da taxa em troca de um investimento de cerca de 2,30 mil milhões de euros, que incluiria 25 novas aeronaves baseadas no país, o dobramento do tráfego para mais de 30 milhões de passageiros por ano e a criação de 750 empregos diretos nas regiões francesas.
Se a situação permanecer inalterada, a Ryanair já informou que poderá haver novos cortes de capacidade e investimentos na França até o verão de 2026, em um cenário europeu de escassez de aeronaves.