Depois a empresa ter anunciado no domingo medidas como a redução dos cortes salariais dos pilotos e trabalhadores, criticadas pelos sindicatos, a presidente da Comissão Executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, promoveu uma reunião de esclarecimentos com jornalistas, na sede da TAP, em Lisboa.
Christine Ourmières-Widener começou por explicar que quer continuar à frente da companhia aérea e que o seu compromisso com a empresa se mantém. No entanto, acrescentou que a sua manutenção no cargo cabe ao Governo.
Questionada sobre se mantém o apoio do Governo, após as estruturas sindicais terem pedido a sua demissão, respondeu que essa decisão cabe ao executivo, manifestando vontade de continuar no cargo.
Essa é uma questão para o Governo, mas para mim o compromisso mantém-se. Mantenho a paixão por esta empresa, disse.
A CEO da TAP lembrou que a empresa decidiu aumentar o valor mínimo a partir do qual os trabalhadores não têm corte de 1.330 euros para 1.410 euros, no âmbito do processo de reestruturação.
A TAP decidiu ainda reduzir em 10% (para 35%) o valor da redução salarial dos pilotos.
Para a responsável trata-se de uma medida correta num momento em que estão a contribuir para o plano e a trabalhar arduamente, embora a empresa não possa ir mais longe.
Quanto a uma eventual greve, Christine Ourmières-Widener disse que uma greve nesta altura seria incompreensível e qualquer interrupção da operação teria um impacto crítico para o futuro da empresa.