A presidente da Associação de Municípios da Ilha do Pico, Catarina Manito, que também lidera a Câmara Municipal da Madalena, criticou a SATA pelo défice de voos inter-ilhas para o Pico, situação que, segundo a autarca, está a afetar significativamente o turismo, a economia local e o acesso aos cuidados de saúde, segundo o Diário dos Açores.
Catarina Manito destacou que, enquanto se trabalha para aumentar a duração da época turística e reduzir a sazonalidade, o plano de exploração de inverno da SATA não está a corresponder às necessidades. A autarca sublinhou ainda que, apesar do impacto positivo da Tarifa Açores no aumento do fluxo interno de passageiros, a insuficiência de voos de ligação, sobretudo com São Miguel, está a causar sérios prejuízos, particularmente no acesso aos principais polos hospitalares dos Açores, localizados na Terceira e em São Miguel.
“A falta de voos afeta muito mais do que a economia local, nomeadamente o Serviço Regional de Saúde, uma vez que os utentes desta ilha dependem dessas ligações para chegar aos principais hospitais”, afirmou. Manito reforçou que os residentes do Pico, especialmente aqueles com necessidade de cuidados de saúde, são os mais prejudicados pela situação.
A presidente reconheceu a importância das rotas complementares entre as ilhas, mas destacou que não é aceitável reforçar rotas alternativas ao Pico em detrimento das que servem diretamente a ilha.
Entre as soluções sugeridas, a autarca defendeu a criação de voos adicionais para São Miguel aos fins de semana e uma ligação semanal direta ao continente às quintas-feiras, dia em que o Triângulo (formado pelas ilhas do Pico, Faial e São Jorge) não dispõe de voos diretos para o continente português. Esta nova rota, segundo Catarina Manito, beneficiaria as três ilhas do Triângulo.
“O Pico precisa de ver reforçados os voos no plano de exploração para o inverno, principalmente nas ligações com São Miguel”, concluiu, apelando à SATA para ajustar a oferta de voos às reais necessidades da região.
