O CEO da Boost Portugal, João Paiva Mendes, manifestou o seu desejo de ver a taxa do IVA aplicada à animação turística reduzida de 23% para 13% no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
Questionado pela Lusa sobre que medida gostaria de ver incluída na proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano, o responsável apontou para a “redução do IVA na animação turística de 23% para 13%”.
O gestor destacou ainda, na mesma entrevista, que o crescimento do mercado tem levado as ‘Online Travel Agencies’ (OTAs) a assumirem um papel cada vez mais relevante no setor, o que resultou num aumento significativo das comissões cobradas pelos seus serviços. “Atualmente, um operador paga entre 25% e 30% do valor bruto de uma experiência vendida online”, explicou.
Em comparação, plataformas tecnológicas ligadas à hospedagem cobram, em média, 17%, enquanto na área de alugueres de curta duração as comissões são de cerca de 6%.
“Se uma experiência turística, para ganhar visibilidade, tem de abdicar de mais de 50% da sua margem bruta, é evidente que os projetos de menor escala não conseguem sobreviver devido ao esmagamento das margens”, alertou João Paiva Mendes.
O CEO acredita que a redução do IVA na animação turística não só iria incentivar a descentralização e melhorar as condições de trabalho dos guias e profissionais do setor, como também promover a criação de novas experiências e combater a evasão fiscal.
“A redução do IVA permitiria um turismo mais focado na experiência e menos dependente do volume”, concluiu.