Várias companhias aéreas chinesas estão a cancelar voos para a Europa, motivadas por subsídios limitados e uma procura insuficiente. A China Eastern Airlines, por exemplo, vai suspender a rota Wenzhou-Madrid no final deste mês, após menos de um ano de operação. Esta rota foi inaugurada a 22 de novembro de 2023.
De acordo com um relatório da Bloomberg, um analista da indústria atribui esta decisão à redução dos subsídios locais e à baixa procura de passageiros.
Em agosto, a Administração da Aviação Civil da China emitiu novas diretrizes para o desenvolvimento de centros de aviação internacionais. Entre as orientações principais, destacam-se:
- Fim dos subsídios para rotas internacionais que não liguem a aeroportos considerados hubs internacionais (como os de Pequim, Xangai e Guangzhou).
- Revisões legais dos subsídios, com o objetivo de evitar concorrência desleal e manter um ambiente político estável para o transporte aéreo internacional.
Mudanças semelhantes também estão a ocorrer nas rotas internacionais a partir de grandes cidades como Pequim, Xangai e Guangzhou. A China Southern Airlines anunciou recentemente o cancelamento de vários voos para Paris, Roma, Londres e Amesterdão, previstos para o período de outubro a dezembro, sem justificar os motivos das suspensões.
Este cenário reflete as dificuldades das companhias aéreas chinesas em manter certas rotas internacionais face à atual conjuntura económica e de política de subsídios.