A eDreams acaba de divulgar os resultados do mais recente estudo que encomendou a uma empresa independente de estudos de mercado, desta vez sobre o impacto das redes sociais na escolha dos destinos dos viajantes e apurou, de imediato, que praticamente metade (49%) dos portugueses já viajou para um sítio que antes não tinha considerado, graças à influência das redes sociais.
Como poderia ser expectável, isto foi predominante especialmente entre as faixas etárias mais jovens – a grande maioria dos inquiridos entre os 25-34 anos (56%), 18-24 anos e 35-44 anos (53% para ambos) já passou por esta realidade. Em sentido contrário, a grande maioria dos inquiridos mais velhos nunca visitou destinos novos por ter sido motivado a isso pelas redes sociais (55-64 anos – 66% e 65 ou mais anos – 89%). Neste ponto, foi possível também perceber que as mulheres portuguesas foram ligeiramente mais influenciadas pelas redes sociais para escolher novos destinos (51% vs. 47% dos homens).
É também muito interessante o facto de os portugueses parecerem ser bastante mais influenciados pelas redes sociais na escolha de novos destinos de viagem do que outros países – de facto, a média global na resposta a esta questão foi de apenas 37% (vs 49% entre os inquiridos nacionais).
A eDreams quis também perceber se os portugueses já tinham ficado desiludidos com um destino ao vivo, em relação ao que tinham visto anteriormente nas redes sociais – mas felizmente a maior parte (62%) dos viajantes diz não ter se ter sentido defraudado nesse sentido. Esta resposta está também em linha com a média global (66%) do estudo da empresa.
O impacto das redes sociais nas viagens
Sendo inegável o impacto que as redes sociais podem ter na experiência de viagens – pois, por exemplo, aumentam a popularidade de determinados destinos e criam tendências como o turismo “instagramável” –, a agência de viagens tentou compreender a perceção dos viajantes quanto a este tema. Assim, concluiu que a maioria dos inquiridos portugueses (56%) considera que as redes sociais têm um “impacto misto” nas experiências de viagens – ou seja, nem totalmente positivo, nem totalmente negativo. De qualquer forma, foi também possível ver que são mais os portugueses a considerar este impacto positivo (27%) do que negativo (7%).
Finalmente, a agência de viagens quis saber as razões que levam os viajantes a partilhar conteúdos de férias nas suas redes sociais. Para a maioria dos inquiridos, a principal motivação é guardar memórias das suas experiências (53%), mas também porque querem levar os seguidores a descobrir novos lugares (13%). É de destacar também que 20% dos portugueses diz não fazer publicações sobre as suas férias, em especial os inquiridos com idade superior a 55 anos (40%).
No caso daqueles que publicam conteúdos sobre as suas férias, 29% indicaram que, mesmo que ficassem desiludidos com as suas férias, estariam algo propensos a publicar sobre elas – por um lado, porque não querem parecem pessoas que reclamam (23%), e por outro, para não diminuir o ânimo das outras pessoas (23%). Aqueles que não publicariam conteúdos sobre as suas férias caso estas os desiludissem dizem que agiriam assim para não influenciar as outras pessoas a visitar locais que as vão desapontar (38%) ou porque desejam ser autênticos nas redes sociais (32%).