Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), na sessão inaugural da VII Cimeira do Turismo Português, que decorreu no Palácio Nacional de Mafra e que assinalou o Dia Mundial do Turismo chamou a atenção para a necessidade de estabilidade política e de planeamento a longo prazo para o crescimento do turismo em Portugal.
“A estabilidade é fundamental para o setor”, declarou, frisando a importância de um Orçamento do Estado aprovado, que proporcione segurança e previsibilidade aos empresários. Para Calheiros, o turismo não enfrenta um excesso de visitantes, mas sim uma falta de gestão de território adequada, sublinhando que “não há turismo a mais, há é economia e gestão de território a menos”.
Já sobre a privatização da TAP, Francisco Calheiros manteve que a CTP considera que a companhia não deve ficar “orgulhosamente só”, mas sim ser inserida num grande grupo aéreo, como acontece com as restantes companhias europeias.
“Dito isto, com algumas cautelas muito importantes, como, por exemplo, a manutenção do ‘hub’ em Lisboa, que tem sido determinante, por exemplo, para que o turista americano seja um dos principais a dormir nos hotéis de quatro e cinco estrelas”, apontou.
Além de defender o turismo como um dos motores económicos do país, Calheiros destacou a necessidade de uma abordagem estratégica para a expansão e modernização das infraestruturas turísticas, nomeadamente a construção de um novo aeroporto em Alcochete e a criação de uma alternativa provisória no Montijo.
Ainda sobre o novo aeroporto, o presidente da CTP insistiu que numa alternativa provisória no Montijo, até que a nova infraestrutura esteja concluída.