A cidade de Roma, uma das principais capitais turísticas do mundo, estuda a possibilidade de introduzir uma taxa simbólica de um euro para turistas que queiram visitar a famosa Fonte de Trevi. O objetivo da medida, segundo a Câmara Municipal de Roma, não é arrecadar dinheiro, mas sim controlar o fluxo de visitantes e disciplinar o comportamento dos turistas, que têm causado problemas com o excesso de multidões no local.
A proposta prevê a criação de um sistema de reserva de bilhetes, que seria gratuito para os residentes locais e pago pelos turistas, com o custo de um euro. A ideia foi defendida pelo conselheiro municipal para o turismo, Alessandro Onorato, que vê a medida como uma forma de limitar o acesso e cronometrar as visitas, evitando, por exemplo, comportamentos inadequados, como comer no monumento.
“Acredito que uma nova forma de acesso, limitada e cronometrada, seja necessária para garantir o respeito por um monumento tão importante como a Fonte de Trevi”, afirmou Onorato ao jornal Corriere della Sera.
A possibilidade de cobrar pela visita ao monumento gerou reações mistas entre turistas e moradores. Enquanto alguns turistas consideram a ideia desnecessária, outros moradores e trabalhadores locais, como a farmacêutica Daniela, que atua nas proximidades da fonte, veem a medida como uma forma legítima de preservar o patrimônio histórico.
A Fonte de Trevi, uma das obras mais icônicas do arquiteto Nicola Salvi, atrai milhões de visitantes anualmente. Com a previsão de que o número de turistas aumente em 2025, devido ao Jubileu, a medida visa controlar o impacto dessas multidões, que muitas vezes lotam as áreas ao redor do monumento e complicam a circulação dos visitantes.
A proposta ainda está sendo discutida e não há data definida para sua implementação, mas a possibilidade já está gerando debate tanto entre os habitantes locais quanto entre os turistas internacionais que visitam Roma todos os anos.
