Numa resposta à Lusa, sobre o impacto no setor do evento religioso, que decorreu na primeira semana de agosto em Lisboa e Loures, o presidente da PRO-VAR, Daniel Serra, realçou que as declarações do Governo e presidentes de Câmara sobre o evento criaram “uma elevada expectativa na opinião pública e em muitos empresários”, mas cedo se verificou que, coincidindo com a época alta do turismo, a JMJ “não iria ter o impacto económico” esperado na restauração, com o cancelamento de reservas como primeiros sinais de alerta.
“Terminada a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), os empresários da restauração puderam assistir ao regresso dos turistas ‘afugentados’ pelo evento, após uma semana de quebras na faturação”, complementou o presidente da PRO.VAR – Promover e Inovar a Restauração Nacional.
Considerando que o evento ‘espantou’ não só os turistas como até os residentes, que acabaram por se afastar das zonas onde se previam mais jovens, acrescentou ainda que o baixo valor do ‘kit’ diário de refeição (sete euros), levou mesmo alguns empresários a decidir encerrar portas naquela semana, prevendo que a maioria dos peregrinos iria preferir o ‘fast food’ de cadeias internacionais à comida de prato.
Ainda assim, a associação considera que o evento foi benéfico para a promoção do país: “Podemos dizer que a restauração perdeu ‘hoje’ para ganhar o amanhã”, frisou Daniel Serra.