A Ryanair encerrou o primeiro semestre fiscal (abril a setembro) com um lucro líquido de 2.538,8 milhões de euros, o que representa um aumento de 42% face aos 1.791 milhões registados no mesmo período do ano anterior.
Em comunicado, a transportadora aérea irlandesa atribui o crescimento a uma Páscoa mais forte, à recuperação das tarifas no segundo trimestre e ao aumento de 3% no número de passageiros, que atingiu os 119 milhões.
A tarifa média subiu 13%, para 58 euros, face aos 52 euros do mesmo período de 2024. As receitas totais ascenderam a 9.817,5 milhões de euros (+13%), enquanto os custos operacionais cresceram 4%, para 6.957 milhões de euros.
O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, voltou a criticar a inação de Bruxelas, sublinhando que “nada foi feito nos últimos 14 meses para melhorar a competitividade europeia”, em linha com as recomendações do Relatório Draghi.
O’Leary adiantou ainda que, durante o inverno, a companhia irá reforçar operações em mercados com taxas aeroportuárias mais baixas, como Suécia, Eslováquia, Itália, Albânia e Marrocos, em detrimento de mercados considerados caros e pouco competitivos, como Alemanha, Áustria e os aeroportos regionais de Espanha — uma tendência que o responsável prevê manter.
Para o exercício fiscal que termina em 31 de março de 2026, a Ryanair espera transportar 207 milhões de passageiros, revendo em alta a estimativa anterior (206 milhões). A previsão apoia-se nas entregas antecipadas da Boeing e na forte procura registada no primeiro semestre.
A companhia antecipa ainda atingir 300 milhões de passageiros até 2034, impulsionada pela consolidação do setor e pela saída de concorrentes menos competitivos em termos de preço.





