Em reunião da Comissão de Transportes e Turismo do Parlamento Europeu, os eurodeputados aprovaram com 34 votos favoráveis e duas abstenções a manutenção do direito a compensação dos passageiros por atrasos de voos de mais de três horas ou cancelamentos.
“Os eurodeputados da Comissão de Transportes estão resolutos nas regras atuais e querem manter os direitos dos passageiros a serem reembolsados ou reencaminhados, e a pedirem compensação se houver um atraso num voo de mais de três horas ou cancelado, ou se lhes for negado o embarque”, sustentaram os intervenientes em comunicado enviado logo após a votação.
Não deixa de ser curiosa esta deliberação uma vez que o Parlamento Europeu vai contra a intenção do Conselho da União Europeia (UE), composto por representações diplomáticas de cada Estado-membro, que queria aumentar o período de compensação para atrasos de mais de seis horas.
A distância do voo só interessaria para o valor final da compensação, esclareceram os eurodeputados.
Para agilizar e harmonizar este processo, os eurodeputados defenderam a criação de um formulário comum para pedidos de compensação.
Sobre a bagagem, que tem sido um tema discutido e numa altura em que mais empresas de aviação comercial ponderam seguir o caminho, por exemplo, da Ryanair, que apenas permite uma mochila ou um artigo pessoal, os eurodeputados opuseram-se a esta forma de viajar.
Na mesma reunião foi aprovada a possibilidade de cada pessoa levar um artigo pessoal e uma mala de cabine com as dimensões habituais.
Citado no comunicado, o relator da Comissão para este assunto, Andrey Navanov, do Partido Popular Europeu, disse que o Parlamento Europeu “está preparado para lutar pelos passageiros europeus”.
“Por detrás de cada atraso ou cancelamentos, há pessoas reais, aniversários perdidos, funerais, casamentos e entrevistas de emprego. Não vamos permitir que os cidadãos sejam deitados para trás”, sustentou o eurodeputado, acrescentando que o Parlamento Europeu “não vai ser demovido destas posições”, que estão consubstanciadas pelo Tribunal de Justiça da UE.





