Cultura, desporto, sustentabilidade e inovação tecnológica estão no centro do novo plano de ação do turismo de Macau, que propõe mais de meia centena de medidas para reforçar a atratividade do destino e consolidar a sua posição como “Centro Mundial de Turismo e Lazer”.
O documento, recentemente divulgado, prevê uma diversificação sem precedentes da oferta turística, incluindo o desenvolvimento do turismo desportivo e cultural, o fortalecimento da marca “Cidade Criativa da Gastronomia” e a criação de novos produtos como o turismo de saúde, as viagens de estudo e o turismo de casamento.
Entre as novidades, destaca-se também a aposta na cultura do café, com o objetivo de ligar Macau aos países de língua portuguesa e promover o destino junto dos amantes desta bebida, bem como a valorização da marca local “Mak Mak” e das indústrias culturais e criativas.
O plano prevê ainda a revitalização de zonas históricas, como o Porto Interior, e o planeamento de novas áreas turísticas em consonância com o Plano Diretor da RAEM (2020-2040), incluindo o desenvolvimento de uma “Cintura de Turismo Histórico” e a integração dos recursos ecológicos e costeiros.
A componente ambiental ganha novo destaque, com medidas para incentivar os hotéis a adotar práticas verdes, expandir o sistema público de reciclagem, promover o uso de veículos elétricos e reforçar as infraestruturas de tratamento e reutilização de águas residuais. Macau quer ainda afirmar-se como destino de eventos sustentáveis, estimulando a adoção de práticas ecológicas em feiras e exposições.
A inovação tecnológica surge como eixo estratégico: o Governo pretende usar inteligência artificial e dados abertos para melhorar a experiência dos visitantes, apoiar as pequenas e médias empresas na digitalização e introduzir a pataca digital de Macau em sistemas de pagamento eletrónico.
Por outro lado, o plano aponta para uma melhor gestão da capacidade turística, medidas de dispersão de visitantes, melhoria dos transportes públicos e expansão do Metro Ligeiro, além da modernização do aeroporto e reforço da conectividade com as cidades da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
Com estas medidas, o Governo da RAEM quer garantir que o turismo de Macau evolui de forma sustentável, inovadora e inclusiva, reforçando o equilíbrio entre o desenvolvimento económico e a qualidade de vida dos residentes.