No âmbito da conferência do Dia Mundial do Turismo 2025, promovida pela CTP, sob o mote “Turismo é Portugal”, ocorreu o debate “Alentejo: Turismo, Cultura e Competitividade Territorial”, que contou com a participação do presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, que sublinhou o papel da região alentejana como exemplo do desenvolvimento turístico no interior do país. “O Alentejo tem feito um caminho extraordinário na valorização da cultura e na ligação entre turismo e património. É isso que acrescenta valor à experiência de quem nos visita”.
Para o responsável, este modelo contribui não só para reduzir a sazonalidade, mas também para promover a coesão económica e a criação de riqueza nos territórios.
Carlos Abade destacou ainda a importância do financiamento público para reforçar a competitividade dos territórios através de novos investimentos em equipamentos e infraestruturas turísticas. “Estamos a falar de cerca de 30 milhões de euros já previstos para apoiar projetos ligados à acessibilidade, mobilidade e inovação social nas comunidades locais”, referiu, acrescentando que já foram submetidas mais de 50 candidaturas a este programa.
O presidente do Turismo de Portugal sublinhou que estes apoios não se limitam ao financiamento, mas estimulam também a cooperação entre autarquias, associações locais e empresas. “Só conseguiremos crescer se o território for cada vez mais competitivo. Estes programas dão essa possibilidade”, afirmou.
Na parte final da sua intervenção, Carlos Abade reforçou que a reforma das entidades regionais de turismo deverá aprofundar a articulação e a coesão territorial, assegurando que os recursos chegam efetivamente às regiões. “As entidades regionais têm a responsabilidade de estruturar a oferta em cada território. O nosso propósito é que esta reforma permita trabalhar melhor em conjunto e ir ainda mais longe”, afirmou.
O presidente do Turismo de Portugal destacou também a importância do financiamento adequado, sublinhando que “não se podem atribuir mais competências sem garantir os meios necessários”.
Olhando para o futuro, destacou a Capital Europeia da Cultura em Évora (2027) como uma oportunidade ímpar de dinamização cultural e turística: “É um projeto português, uma oportunidade extraordinária para todo o país. Estamos de corpo e alma, 200% portugueses”.





