A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) e a Universidade Nova de Lisboa (UNL) estão um passo mais perto da integração. O Conselho Coordenador do Ensino Superior (CCES) deu parecer favorável à proposta, faltando agora apenas a publicação de um decreto-lei por parte do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que regulamentará a transição. Carlos Brandão, presidente da ESHTE, acredita que o documento “sairá em breve”.
A decisão surge depois da aprovação da integração pelos conselhos gerais das duas instituições, há três meses, e a duas semanas da segunda fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. Para o ano letivo 2025/2026, a ESHTE disponibilizou 410 vagas para o 1.º ano das suas licenciaturas.
Desde então, tem decorrido um processo de adaptação através do trabalho de duas comissões de acompanhamento. Segundo Carlos Brandão, há uma “harmonia perfeita” entre ambas as entidades.
A transição garante a continuidade de todos os recursos humanos – docentes e não docentes – e, segundo o presidente da escola, simplifica o processo para os cerca de dois mil estudantes atualmente inscritos.
Carlos Brandão considera que esta integração responde à evolução do sistema de ensino superior e aos desafios crescentes do turismo. A expectativa é de maior complementaridade académica e científica, com benefícios mútuos entre as duas instituições. “Os laboratórios de investigação da NOVA e as cozinhas pedagógicas ou salas de simulação hoteleira da ESHTE passarão a estar disponíveis a estudantes e investigadores de ambas as instituições”, exemplifica.
A oferta formativa também deverá crescer. Entre as possibilidades avançadas estão mestrados em Gestão Tecnológica para a Hospitalidade, cursos em Sustentabilidade e Turismo Inteligente e doutoramentos com foco em Turismo e Ciência de Dados. A mobilidade entre escolas da UNL será facilitada, e os projetos conjuntos poderão candidatar-se a financiamento nacional e europeu.
Atualmente, a ESHTE ministra cinco licenciaturas e oito mestrados, além de um doutoramento e várias pós-graduações. Com 34 anos de existência, registou este ano uma taxa de empregabilidade próxima dos 96%. A ligação ao setor empresarial, uma das marcas da escola, manter-se-á inalterada com a integração.
